sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Blog em férias

Este blog tentará desfrutar de suas férias, 
como bom cidadão assaliarado (ou não)
como boa pessoa de bem (quando sim),
e se algo for escrito
com toda certeza
será deveras desnecessário.
até...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!!!

Feliz Natal,
Feliz o alguém
Que faz nascer o especial
E a quem não faz, tudo bem
Basta que este o presentei tal qual.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sol

Eu
Sol
Quente
As Vezes
As nuvens
Me atrapalham
E eu durmo

Eu já fui

já fui ator de minha vida
já fingi cicatrizar qualquer ferida
já bati cabeça e me banhei em agua benzida
já fui voltei, sem ter tomado qualquer avenida
já tomei pinga, whisky, licor, toda e qualquer bebida
já beijei, urubus travestidos de margarida
já quis tanto querida,
hoje só quero, e já!, ser autor de minha vida.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A vida numa foto


Naquele retrato, um fato
Viajando numa folha o ido, voltando
Vindo, com vontade, 
Na batida de olho o vago ganha o mundo
O filme, que diz tudo, está com nada
A foto diz o necessário

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Solidão

Maior miséria do homem
A solidão
Só ou acompanhada
O cérebro
Sem físico

pode produzir amor
Pode
Pode sofrer, morrer, feder
O amor
Só e são 
A solidão 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Suicidio

De vez e tanto penso em suicídio
Só por um segundinhozinho.
Se pensar demais....
                                 .....
                                        .....
                                              Ponto

Odeio meus poemas

Odeio meus poemas!
Esses simbolozinhos camuflados,
Cheios de si!
Mostrando a ti, 
Cada dor que senti
Cada sorriso que pairou aqui
lhes diz
Mesmo as controvérsias, sem verniz.

Meio sem jeito

O poeta via sozinho
Terror, terror! 
Só ele e seu mundinho
Vai filho, vai poeta,
Em vez de palavras, traz de forma concreta
Suas marcas, resultado daquele outono
Sem nuvens, sem sono
Noite sem vento que agitava
O poeta vinha sozinho
Mas só já não caminhava
A frente seu mundinho virava plural
Em frente já seguia, o mundo sorria 
Acompanhado em seu quintal

Ah,  poeta, terror, terror!
Você não acordou
Sou o sonho findado.
Amargo, mas solidário com sua dor.
Pegue estas palavras que tanto te acalentam
As ponha no colo, são seu travesseiro,
Amável e espinhento como uma flor
Uma bromaria, rara rara, só tua.
De um beijo nela
Seu travesseiro, também um candelabro, também o que eu quiser
Sou o sonho findado
Vai sozinho poeta
sócio, terror terror!

De volta ao normal

Nunca quis estar no topo
estar acima, por cima ou em cima.
Volto rápido ao meio, sem melindres,
meu lugar é no misturado, 
lado a lado,
com todos e também com o nada.
Com o povo, com a terra, com a chuva.
o cheiro da chuva
a sujeira da chuva
o desejo da água
gota a gota, comum assim.
Rumo ao centro, rumo à essencia
rumo a alma.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Deitado na sala

Deitado na sala com as costas no chão. O piso
Era frio, agora não. Disse que a ardósia gelava 
Agora deitado, iPad na mão sinto tudo
Menos frio. A lua está semi encoberta, semi cheia, semi.
Sem paciência com o quase, reclamo de tudo,
De todos os semis, os quases, os vices e seus caprichos sem sal.
Faltou pouco, faltou. As costas me ditam seu sermão, 
Costas no chão, reclamação não mais, abra levemente as janelas
Abra um pouco mais, semiabertas jamais,

domingo, 8 de dezembro de 2013

Em tuas costas

O cabelo flutua solto
Liso, ondulado, revolto
Eu aqui, olhando
Louco, louco
A curva, o desenho, o desejo
Você 
Sua cintura,
Sem força e tão forte
Meu dedos....
Você vem mais
Só vejo uma mordida em seu rosto
Sem força e tão forte
Você nua, noite sem lua
Sem sono
Eu em teus contornos 
Teus cabelos, teu nome
Teu codinome,
Liso, ondulado, revolto
Eu aqui,
Teu
Louco, louco.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O dia amanheceu...

...lindo,
Uma zapeada pela janela
Pensei, a noite como estarei? O que me espera?
O dia amanheceu lindo
Melhor voltar a dormir

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Todo conto de fadas

todo conto de fadas tem uma bruxa
todo conto de fadas tem um fim
todo conto de fadas é tão real quanto um conto
e se te conto isso, é porque você é uma fada ou uma bruxa para mim!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Quando menino

Quando menino era sonhador
Sonhador de um sonho só 
Acordava de manhã, dormia a noite
Querendo ser jogador de futebol
Debaixo do sol
Jogando bola no quintal
Chutando a bola só 
Anos e anos se passaram
O sonho do futebol eh pó 
E só 
De meu lado sonhador
Ficou o sonho de ter, realizar um sonho, 
E só.

Pensamento sobre preguiça

A preguiça eh inimiga da perfeição 
Da ação 
Do erro.
Essa preguiça eh política e apartidaria. 

domingo, 24 de novembro de 2013

Eu não trabalho

Eu não trabalho para o estado
Não trabalho pelo fermento
Não trabalho pela segunda
Não trabalho pelo momento

Não trabalho porque és minha chefe
Não trabalho pela carga como um jumento 
Não trabalho pelo cheque
E o trabalho nunca será meu cimento.

sábado, 23 de novembro de 2013

Poema pede

Poema pede papel
Pede caneta
Pede sangue
Pede um pé
Sustentado no guardanapo
Um papo 
poema
Ou no iPad 
Poema pede

Poema vira pó sem cipó 

Sonho em (de) vida

Navegando assim
Em sonho
Vida perto de mim
Como sonho
Quem dera ser assim
Um sonho
Mesmo acordado, enfim

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Te escrevi mãe

Mãe 
Te enviei um email
Não foi e nem será mais uma carta
Mas no texto e todo texto
Era tudo o que eu tinha para falar

Você não respondeu
Era até mais fácil, dizem os doze modernistas que eu...
Conversei e conversei, 
Até não tinha mais o que falar
A carta, ou email que escrevi
Tinha tudo que eu disse, e não sei mais o que

Agora pensando bem, eu disse tudo
De um jeito bem velho
Nada do que eu disse deveria ter sido dito
Ficou assim agora

Um imenso vazio
Ligado a fio
Esse cabo moderno
Não resolve os problemas mais antigos  de seu filho.

Um poeta

Um poeta de um único amor
Eh uma metralhadora de emoções
Munida de uma única bala.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A recorrencia da consistencia

Insistentemente
coerente
De forma recorrente
repetitivo
Coerentemente 
muito repetitivo
Inisistentemente
realmente repetitivo
Alguém aí sente?
que as vezes faltam advérbios pra tanto adjetivo e substantivo?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Questão de idiossincrasia

Troco o mito pelo muito
Troco a unha curta pelo cabelo longo
Troco um pensamento correto por muitos sem sentido
Troco o nu pelo despido
Troco a profundidade pela compreensão
Troco o nascer do dia pela noite sem fim
Troco o amor platônico pela masturbação e seu orgasmo
Troco Platão, por Sócrates, o do Corinthians 
assim como troco a Monalisa por Da Vinci com o D2
Troco o abdomen sarado por (mais) um chopp e um cigarro
Troco o sim sim sim pelo famigerado e sincero não
Troco o casamento longo e feliz, pela paixão curta e infeliz
troco tudo isso por um filho
Troco a rima certa pela palavra correta
Troco a poesia pela ironia
Troco a simpatia pela empatia
Troco a reunião pela união
Troco o politicamente correto pelo correto
Troco tudo isso por meia duzia de balas juquinha e um sacolé
Troco minhas certezas pela duvida que brota
Troco as conquistas por um só desafio
Troco meus 32 anos pelos ultimos doze
troco estes ultimos doze, por mais uma dose ao seu lado.

domingo, 17 de novembro de 2013

Tragadas de domingo

Dou algumas tragadas mais
Neste filme de domingo
Admiro a fumaça. 
Por fora, sem pensar no que está vindo

Sou padre, bêbado, sarado e estéril

Algumas tragadas convenientes
Pensamento estéreo 

Sinto a mão seca 
Sinto os bêbados e os caretas
Sinto ter estado dos dois lados
Sinto o estado dos dois lados

Agora vem Rambo 3
amanhã, novo dia, tudo velho
E outra vez

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dormindo acordado

Acordado dormindo
Você ao meu lado
Eu, sei lá, só sorrindo 

Vi um pássaro cantando calado
Senti, sou teu! To indo
Você, só você, eu aqui sentado

Pois bem. E a quem?
Sou eu, sou teu, soul
Sou seu, sou eu, vamos calados, soul
Só nós dois, só sorrindo, dormindo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pensamento do dia

Faltar no trabalho eh como transar  sem camisinha: todos sabem que não deveriam, e todos fazem porque eh bom demais!!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Minha casa

Minha casa eh um apartamento
De três quartos aonde
Mal moram dois
Banheiros, um sem toalha
O chuveiro nem sei se já funcionou

A função do aluguel de mais de dois
Mil reais, podia comprar uma bicicleta
Sem garupa, meu ape não tem varanda
Não tem visita, nem janta
Pedalo mais rápido,  sem culpa

A culpada disso tudo eh a inflação 
Galopante, meu emprego
Um berrante, se abre toda 
A cada semana se renova, a porta
A mesma, trancada com a tranca 
e chaves a mesa.

domingo, 10 de novembro de 2013

Noite de domingo...

...ah, chegou o momento 
De apagar as luzes
Ainda não sinto o vento 
As janelas seguem abertas, na rua só lustres

Sei não se saio, se falo, 
Chegou o silêncio, bolorento 
Preenchendo o que seria o início, a toca do gado
Juro que não vejo muitos querendo

Eu, tampouco me vejo dormindo
Já já, tudo bem, tudo isso acabou
Será um novo fim de domingo
Com tudo isso já sentido de novo, deja vu? Enrolou?

A cama está lá, pelada
Sem eu, sem desejo
Tenho o que ela precisa, prefiro deitar no sofá, sem nada
Melhor ainda, as costas frias no azulejo

Amanhã ta tão perto
Tento ou aceito, da pra evitar? 
Toda hora essa pergunta não, isso ta certo?
Mas nesses domingos todos só aprendi a não cegar.

sábado, 9 de novembro de 2013

Ah, o amor

Há, o amor
Sempre o melhor de todos
Define tranquilidade 
Define dor

Há, o amor
Sempre o melhor de todos
Seja o primeiro, seja o ultimo,
Ou só seja

Ah, o amor
Roupa no chão,
Perda da noção, seja por uma única ultima noite,
Ou só seja

Obrigado, volte sempre

Acordar cedo,
Ouvir feedback
Engolir palavras a seco

Voltar lá
Plugar o desespero na tomada
A mesma história a ouvir e contar

Tudo isso
Sem couvert ou talher
Vem tudo na pele, maldito feitiço
- me faz a cada segunda ouvir esta mulher
Sem bônus, 13o, pra que isso?
Obrigado, agora já fui!
Obrigado, volte sempre,
Não me convide, senão me quiser!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Uma ode ao fracasso!

Quem busca o erro?
Começar algo almejando fracassar?
Que seria acertar sem o equívoco?
Uma frase fora de hora
Uma vírgula mal posta
Um chute pra fora
O espírito do erro não difere do espírito do acerto
Vou ousar, tropeçar e babar
Só assim o resto tem sentido em estar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A luz desperta

Acendi a luz para dormir
Fui à luz do sol me refrescar
Te beijei pra te esquecer
- não é inteligente
te ver
é necessário por não ser
preciso

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Beijo rubio

Mordi seus lábios
sangue e prazer
em seus labios, agora ruivos
em teus olhos
orientalmente risonhos
há um chamado nebuloso
paradoxal - tristonho
começou como outro
dia, beijo, erro qualquer
terminou com gosto de vida
se terminou
em teus lábios
morda mais!
arranque pedaços
deixe marcas
ainda que de giz
tem o sabor adolescente
incandescente
indecente
marcante
rompido.... justo no momento
embrionava o sentido
agora é sonho
beijo rubio.... 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O tempo em seu tempo

Vem que tudo vai
o tempo
até o tempo que não passa
passa, mesmo sem vento
ou saudade
ou muita
sem nada vai
a roupa passa
e vai
a noite chega, sem eu
querer
a manhã já foi, sem você
ver
tudo passa
até o pai, a mãe
a lembrança do sofá
azul
passa, sem olhar pela janela
sasazaki esquadrinhada
o ipê foi-se
o tempo, foice
sem verde
sem azul de novo
sem nada
o vem nem vi,
e passa.

domingo, 3 de novembro de 2013

As vezes São Paulo

As vezes me sinto, em São Paulo 
As vezes me cinto em São Paulo
Paulos são muitos
Santos se são, não vejo mais
As vezes me lembro
De um Paulo, de um santo,
As vezes era Santos e Corinthians
Nem sei
As vezes não sinto em São Paulo
Os Paulos e santos
O normal
O normalmente anormal
As vezes posso ter saído daqui
Nem notado
As vezes, não.

sábado, 2 de novembro de 2013

Sobre poesia

Amor e dor
Frio e calor
Razão e emoção 
Eu em seu corpo, você em outro
Palavras e silencio
Almas e vento
Chuva e suor
Solidão, diversão,
Perdido e solto
Leve e amargo
Sempre ou nunca
Poesia sobretudo.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O bem

Acordo bem
Ela ao meu lado
Meia dúzia de uvas
O café sempre, lá, puro
Algumas torradas mais
E já seguimos ao banho
Beijar em paz
Esquecer o despertador
O relógio e suas horas
Longas de dia, dengosas quando querem
Dia ensolarado ou nublado
Dia de hoje ou amanhã
Sei, sei lá. Tudo bem
Quando por seu carinho sou encurralado
Mesmo quando fingi não querer
Mesmo quando não quis
Mesmo quando você não quis saber
Sempre foi tu o meu bem.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O pedido de demissão

O pedido de demissão
é um fato marcado por pouca ação
muito suor, interno
daqueles que mancham a camisa social
nos fazem perder noites de sono a fio
pensando na frase, no gesto, no sorriso
sorriso firme, mas ainda assim, um sorriso
A ação é feita de palavras 
em tardes de segunda
dia fatidico para demitidos 
e demissionários
tendo o sabor do café ainda povoando a boca
seus aromas despertam e levantam da cadeira
nos levam até a sala do chefe
para a conversa derradeira
depois disso o adeus vira farewell
a manhã de segunda livre
periogasemente livre - além de extensa.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cerveja de verdade

Tomei um gole
Outro gole 
Tipo de sinceridade
Era só água
Não cerveja
Com gosto de idade
Anos atrás
Poucos para alguns
Muitos para mim
Só via o vento que trás 
A idade faz o vento soprar
Forte
Em nossa direção.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Disse uma vez

Disse uma vez o padre - amém
disse uma vez a esposa - amem
disse uma vez o mendigo - vintém
disse uma vez o bope - é quem?
disse uma vez o jogador - pra mim
disse uma vez o bandido - vem que tem
disse uma vez  o padre - amém


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A traição

A traição é como comer algo diferente no café da manhã
tipo feijão
você até pode fazer, em outro país
em outra situação
mas não te faz bem
você se sente indo na contramão
a duvida que me vem
e se não há resposta tudo bem
é, o que é pior, trair ou ser traído
por quem você quer tão bem?

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Dama do cabaré (adpate de Noel)

Ela é a dama do cabaré
me nega, a torto e a pé
me diz que sou boemia
que bebo de noite e de dia
que nesta vida não amarei alguém
se é que sei o que é amar
se vou
se volto
se sou
não importa
outro dia voltei ao cabaré
agora já trancaste a porta
deste céu só tenho uma lembrança
é uma palavra em outro idioma
sem vida, sem som
Ela é a dama do cabaré
eu sou ainda mais boemia
quero beber entre a noite e o dia
agora já prendi que é amar
ainda tarde!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Um corpo que cai

Um vociferou
Outro calou
Ele abriu a janela
Corpo só despencou

 Vai e foi
Sem chegar a ser
Um dia findado
Sem ter amanhecido

Vozes tão dispersas e caladas
Como um cão, de pelúcia e cegueira burra
Burras
Todas elas
Cada uma das ideias
Do contra ou contrárias

O livro ainda tem tantas páginas
O dia escassa suas horas
O corpo cai mais devagar
Pra que pressa?
Do alto ou do térreo da pra ver o quase defunto cair
Cair
E cair
Até o encontro do destino
Glorioso fim.

O despertador toca. Sem snooze.

Minha segunda-feira

Minha segunda-feira começa como música
na balada do samba de uma nota só.
Minha semana derradeira derrama lágrima
no compasso do samba que se dança só.

Meu armário me apresenta sempre as mesmas roupas
no sapato o cardarço, a meia preta e um pouco de pó.
Meu espelho mostra as olheiras do sábado que já passou
no fio da navalha o pelo e o apelo do homem em sua dó.

Meu carro sem gasolina anda sendo pouco flex
no tanquinho menor vai um pouco de compaixão e só.
Agora vou chegando ao trabalho que só trabalho
no simples fato da falta de compasso do homem corporativo que é uma foto
e só.

domingo, 20 de outubro de 2013

Que eu faço agora?

Que eu faço agora
Sábado atravessa
A segunda
 Não demora

Que eu faço amanhã
Quando domingo eh
Quando domingo for
Quando domingo se for

Que e quando farei o juntos
Domingo sujismundo
Domingo parado
O dia olhado -
Domingo

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A especiaria do medo

A noite era oca
oca não, normal
tudo ia bem, controlado, regado a cerveja e mandioca
frita, bem temperada, cerveja igual
bem gelada
quando o sono chegou
a conversa transitou, em telefones e maledicências
o sino badalou, a cerveja mudou
se foi, agora é Whisky, gelo - lá se foi a paciência 
do amanhã
regado a especiaria
sou herói de meu dia, à noite
o herói durará pouco, se durará
uma só noite
o vício, esse sim
perdurará, noite após noite.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Preconceito em cadeia

Americano não gosta de europeu
que não gosta de inglês
que não gota de escocês
que já esqueceu qual seu papel

O francês não gosta de burguês
de americano, menos ainda de inglês
que influenciam o brasileiro
que do burguês é freguês

Brasileiro gosta de dinheiro
e gosta de americano, francês, inglês e de toda Europa
mas não gosta de bolivianos
atraído para o Brasil pelo sonho do dinheiro
que o brasileiro tanto gosta, até quando nega e escraviza
todos e todo bolivariano.

Mas ninguém gosta de exclusão e discriminação
todos sofrem com a trajetória
e a fuga desta realidade, ainda que contraditória
só alimenta este rito (maldito) social e sua propagação.

Passou dos 30 você não pode

Não pode pensar de forma juvenil
não pode se perder
não pode se achar (pois então, estava perdido?)
não pode arriscar
não pode chorar
não pode desistir
não pode fugir (por que não?)
não pode recomeçar
não pode tropeçar
não pode refletir sobre o concreto
não pode concretizar uma reflexão que fuja do padrão
aos 30 você não pode chupar sorvete
não pode se encantar com a vida
não pode ter no sorriso a ferida
de uma vida que (só está) já esta ao 30.

domingo, 13 de outubro de 2013

Uma coisa, outra cousa

Uma coisa é amar
Outra é deixar o amor ao seu lado
Uma coisa é o nós
Outra é o nós ser maior que eu ou você 
Uma coisa é pensar em nós dois, antes que neles
Outra é o neles alimentar o nós 
Uma cousa espacial nos trouxe até aqui
Outra nave nos levará ou deixará aqui.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sexta ou sábado?

Prefiro a sexta ao sábado.
O crescente alívio geara comoção; 
A sensação de soltura vem antes da constatação da liberdade.
Depois de isso tudo, ainda tem o sábado!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Desgostoso

Hoje foi normal
acordei
balbuciei 
me banhei
tomei goles de café e mingau
o dia passou
e acabou
apesar de ainda ser 10 da manhã.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Se você tem alguma duvida em relação a

loucura, podridão, esclerose, e desqualificação do pensamento médio de nosso povo, leia os comentários na internet de assuntos como aborto, estupro, protestos e sexualidade.
Uma combinação de frustração, risadas e desencanto é garantida.
O impacto é contigo. 

O proletario

Sou um Luterano protelando em letras a vida proletária.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Por que eu não me entendo?

Já fui vagabundo.
Já fui chamado de vagabundo.
Já estudei.
Já deixei de estudar há algum (bom) tempo.
Já cri em muito: em mim, em tu, em nós, em outrem e outros mais.

Ainda creio em algo, por isso jogo na mega-sena toda quarta e todo sábado. Com ou sem neve, com ou sem sol.
Já visei entender ao mundo, trabalhei neste objetivo. Busquei conhecimento, vagabundagem e oportunidades suficientes para entender que o tudo visto é nada.
Hoje, passados vasto anos, só quero entender a mim mesmo. Por que, pra que e por quem? Como, quando e com quem?


A única resposta que tenho, até agora, é que o hoje é agora. A compreensão do como, todavia não esta lá. A compreensão do eu, sequer segue desejada. Porém, o agora forma-se fato, concreto se toma, gera impacto, minha agenda se forma. Logo mais, virá o primeiro passo, que para muitos é vagabundagem, para outros é busca da razão, para mim, é só auto compreensão de minha razão. Tão vago quanto isso, creio tudo nisso.

O milagre e a ciência

A ciência é a prova dos milagres já descobertos.
ass: um metafísico.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pensamento do dia

A ideia tem o poder de mover o mundo. Desde que vire projeto, pois senão é menor que uma palavra.

domingo, 6 de outubro de 2013

A fumaca

Sai branca
Pesada
Carregando angústias
Entre uma e outra tragada
Abandonar isso tudo
E trocar pelo que?
A nuvem não eh só fumaça 
Eh a sombra visível de minha gruta
Um tanto atenta
Desde a lembrança da infância 
Minhas rugas em outra presença.

sábado, 5 de outubro de 2013

Reencontro

Sim
Senti falta
Sim
Estou de volta
Você e eu, nós, de novo
De novo nos
Logo a sós
Te amo
E te amo
Vamos logo
Aperte abrace
Abrace apertado 
Eu e você, meu amor
Desejo e cuidado
Lado a lado
Eu choro
Muito
Agora
Por tudo 
Que foi 
Que será 
Não da mais pra aguardar
Te amo
O amanhã, agora será.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Eu sou

Sou o retrato molhado pela chuva
a feiura da porta fechada
o sorriso distante do condor
o perdido adolescente em seu furor.
- tudo sem a pureza do menino.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Reclamação

acordei de noite
durmi pela manhã
escrevi dormir com u
deitei de pé no chão

fiz tudo, todo o inverso
mesmo o verso
neste universo
só vale o certo e o conexo

a noite Deus abençoa
com criatividade o sono
de dia a vida voa
sem criatividade, voa como folhas no outono

reclamo pelo direito da reclamação
contestar, 
ser chato e proclamar
só querer o cruzar os braços, deixar de lado qualquer ação

acordar de noite
durmir pela manhã
escrever o torto direito
reclamar sem ter os pés no chão

A vida faz coisas incríveis

A preguiça faz coisas incríveis
- com o tempo
O amor faz coisas incríveis
- como a dor
Minha família faz coisas incríveis
- tal o amor
O trabalho faz coisas incríveis
- como a preguiça

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Filosofia - por Ascenso Ferreira

Hora de comer - comer!
        Hora de dormir - dormir!
Hora de vadiar - vadiar!

Hora de trabalhar?
- Pernas pro ar que ninguem e de ferro!

O corpo fala

O corpo fala
A mente dorme
A noite embala
Meu amor, seu nome

Seria grave a fala
Se a sorte dorme
O acaso embala
Acaba voltando, seu nome

Agora me fala
Com quem você dorme
Essa pessoa que te embala
Sua vida apodrece seu nome.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Síndrome do pânico

Já tinha prometido
não iria fumar mais
aquela palpitação comigo
síndrome do pânico assustando
muito
e mais
é, pois é, 
não sabia do que ela era capaz.
tinha prometido largar outras coisas
o baseado
a loucura
envolta num cigarro
agora to aqui 
excitado, hesitando
certeza!! - cara de assustado.
me reviro na cama
sinto o coração no braço
estranho, estranho
tipo perdendo o compasso.
levanto, vou ao banheiro
olhos fundos
babo pra mim
sem sentido
babo pra mim
de frente ao espelho.
algo me diz,
quase que implora
"vai deita, você tá doido"
ah, já passa
espera essa loucura ir embora.
vou e deito,
de novo sem jeito
jogo o que resta do baseado fora.
espero a caretice, venha logo!
apago a luz se for o caso...
perdi a noção, 
só não sei se foi agora.
então?
espero...
espero...
e espero...
durmo, ufa! enfim durmo.
quando acordo, bem
estou bem!
feliz.
bolo e acendo outro baseado
e que todo susto, ritmo e rima se fodam!

Esta papa fala

Esta papa muito fala
é cheia de papo
feita de papas
papadas aos tantos,
por ela aos fatos.
não só de fala
vive a papa
tampouco de sola ou na sola
a papa se forma
engorda
na preguiça da esmola
esmolando, vivendo
confortavelmente engordurada
visivelmente empapada.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Eu sou Dom Quixote

Eu sou um passageiro,
passageiro em vida
passageiro em minha vida
o barco conduzido por um forasteiro

Vivo a deriva de um desejo
feriada aberta com anseio
um novo homem em seu meio
cansado destes ataques de percevejo

Moribundos! - sou e somos todos
nós profetas do amanhã calado
presos neste dia a dia encurralado
passageiros de calendário rotineiramente cômodos

Hora de andar, nadar, e por osmose
pularei do barco não importa aonde
estou na água, estou no cais, adelante!
sou o dom quixote, em metamorfose.

Pensamento do dia

Paciência é uma virtude para quem não tem fome
seja da vida
seja de você
seja de comida

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

BASTA!

Se me bastassem os amigos
se me bastasse o cachorro
se me bastasse estar contigo
se me bastasse um leve consolo

ao bastar do ponto final
este ponto, uma desgraça, afinal
se me bastasse um basta
bastaria esta vida!

Ler e escrever














ler é ópio....
                                      ...escrever é próprio

terça-feira, 24 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A empresa global local

As empresas globais
penam, gastam, buscam um mundo azul
onde todas as pessoas e processos sejam iguais
ou funcionem tais quais
as empresas locais.

Duvideodó!

Local só se for na área de human resources
com a ajuda providencial de facilities
garantimos a chegada a purchase!
esse time sim, tem unique skills
fazem do limão um lemon

da minha paciência um abacaxi. 

Pensamento do dia

A sorte deveria ser de todos
assim, tiraríamos o sentido d'outra coisa.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Boa sexta pra você!!

Boa sexta para você que acordou!
boa sexta pra você que até hoje aguentou
a semana passou
foi o frio, e o calor já chegou
logo é sábado,
num piscar de olhos o sofrimento acabou
vamos de bar em bar
bebericar, imaginar,
depois tomar tudo e aguçar 
boa sexta pra você!
que inspira e expira
a semana expirou
a alegria agora é fato, é hora
apesar da demora!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Os esquecidos

Recepcionistas de motel 
lixeiros,
os próprios donos de bordel
os bolivianos, os carteiros
empacotadores 
donos de banca de jornal
em nosso prédio o porteiro
todos 
cada um deles
sua família
seu suor
a rusga e a ruga
esquecida
na vida suja
da rotina.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bafo de onça

Dormir sem escovar os dentes
acordar sem abrir a boca
beijar sem se soltar das correntes
trazidas pelo bafo de onça

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A lente seca. E o amor

A lente sêca
seca 
a fome alimenta
o desespero
a virtude aguça
a força
o amor faz amar
à força 
- ainda que só as vezes.

O vampiro

O emprego corporativo é o vampiro da família,
o desdém do amor
o ocaso do tempo
a dedicação indevida
a vida que se esvai
por entre teclas e cartões
horários e temas fulos
o desabafo esta nestas linhas
a falácia moderna.

domingo, 15 de setembro de 2013

Nascendo de novo

domingo a noite
o amanhã espreita
já a espera da noite
da segunda ligeira
do dia, o deleite
da outra noite
minha fofa minha graça
que enfeite!
é para minha vida
mais que um balangandã
é ela, toda.

Madrugada

é madrugada
na cama ela aguarda
desolada
o mal
a raiz
e o bem
é injusto - por que?
a vida é esperar alguém
antes ou depois de encontrar
o ser humano
como ela
o que mais faz é aguardar.
pela madrugada.

sábado, 14 de setembro de 2013

Ela esta voltando

Minha menina esta voltando
nem fui viajar, 
fiquei quieto e calado esperando
o coração já começa a palpitar
é a manhã de amanhã chegando
é hora do amor amar.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Pois é, cortei meu cabelo

Pois é, cortei o meu cabelo
Foi-se o que já era pouco
Só restaram as entradas e o destempero
Logo vejo o sorriso da idade
Não nos lábios, mas sim na testa

a vida passada, vista e expressa. 

O embate de Yoko Ono e Maria Bonita

Grande texto Sávio Pinheiro, poeta cearense, sobre o embate das viúvas!!! de rolar.

Yoko – Virgem fica sem espaço
Nas andanças do teu bando
Pois o grupo em algazarra
Pela mata ia estuprando
As donzelas mais bonitas:
Era assim, de quando em quando.
Maria – Já que queres me lembrar
De pendenga sexual
No bando de Liverpool
Tinha um rapaz genial
Que traçava gente moça
Mesmo intelectual.
Yoko – Não compare o bem com o mal
Catitinha do sertão
O John Lennon tinha estampa
Era um tipo bonitão
Tinha os seus cabelos longos
E artefato na visão.
Maria – Parece é com Lampião
A sua descrição veemente
Pois Virgulino ostentava
Sua fama de valente
Com uns óculos redondinhos
E cabeleira decente.
(…)
Yoko – Você nunca terá paz
Com amargura tamanha.
Mesmo você bem trajada
E com toda essa artimanha
Nesse modelo esquisito
Até parece uma estranha.
Maria – A minha grande façanha
No sertão ou na cidade
É trabalhar bem o couro
Com enorme variedade
Bordar, cozer e cerzir
Dá-me enorme vaidade.
Yoko – Com toda cumplicidade
Quero aqui me permitir
Dizer que o John Lennon tinha
Nobre gosto no vestir
E sendo ele bem vaidoso
Sempre soube construir.
Maria – Eu venho aqui garantir
Que o Virgulino disputa:
Em moda, ele é mais esperto
Que qualquer filho da puta,
Desculpe o atrevimento
Mas você não me recruta.