sábado, 26 de abril de 2014

futuro

desta cama de hotel
já programei meu futuro
desperta
e soh
começa
amanha as 8 da manha
esteja eu vivo 
ou não 
neste próximo futuro.

dos futuros longínquos 
constam linhas

solitárias

turvas

desacreditadas

de tão esquecidas.


o relógio toca, e todos querem ontem.
pena do hoje. 
depois do cafe, passa.

o sol da as vezes

as vezes
soh as vezes
eu acho
que nasci para
ser
sozinho...
soh
e soh
como 
o sol
as vezes
iluminando
o tal
deste 
nosso
caminho...,
sem ninguem dar conta

voce ja?

voce ainda se abraca sozinha?
com medo de estar
sozinha
e o que seria este seu ser?

navegando pela noite
as maos enrugadas de frio
qualquer bar te esconde
sem apagar seu brio, afinal, aqui eh o Rio!

voce, soh voce
sem eu, ele,ou outro
voce, soh voce
como eu, como ele, como outra

navegando pela noite
quem sabe, de luvas
qualquer bar nao, aquele bar
seu eterno sol em noite de seguidas chuvas

sozinha em santa teresa
sozinha em sua propria realeza

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Do hoje e do futuro

Sou o unico a ter pressa, sem prensar ao futuro?
cansei deste presente que se ve,
vida rapida, todos em apuro
tal qual moldamos a TV

Por que hoje e nao amanha
se amanha todos tambem estarao (ao menos queremos)
todos cuidam do que comem, pouca carne, vai por arroz e maca
sem plantar, o que seria sua razao

Escutai aos oitentistas, poema minuto
tudo hoje e hoje soh, em um minuto esgotado
desejo sem raiz e sem fruto,
o amanha assombra, um futuro sem passado.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Para minha mae

Mae, nao quero dormir
somente sonhar
todos, cada um de meus sonhos de papel
fazer avioezinhos, e neles embarcar

voar e voar, quem sabe, chegar ao ceu...

(sao tantos sonhos, a cada dia, faltam paginas, sobra utopia, em qual lugar, nao sei estar, o vento eh o tempo, a barba envelhece, faltam paginas em nossos cadernos pra tanta historia nao escrita)

Mae, não apague a luz
depois, flutuando, irei voltar (com ou sem livros, soh historia)
a despeito dos sonhos
eh em teu seio meu verdadeiro lar.

(imagino ser dificil ver-me agora, tao longe do sempre de ontem, tao perto da quimera latina, apenas rompi com a vida deles, a nossa segue sendo a minha)

terça-feira, 22 de abril de 2014

Da janela fechada

Da janela fechada
vejo o mar,
quica a soprar
sua brisa 
da janela fechada
vejo o casal caminhando
com as mãos no bolso
quica o mar esta a soprar
sua brisa, gelada.
o mar esta tão calmo
parado, 
barcos ancorados
pescadores sonhando,
pássaros voando
um voo raso
será que o mar esqueceu de soprar?
da janela fechada
e de meu 3o andar
soh posso afirmar
eu vejo, o mar.