sábado, 9 de novembro de 2013

Ah, o amor

Há, o amor
Sempre o melhor de todos
Define tranquilidade 
Define dor

Há, o amor
Sempre o melhor de todos
Seja o primeiro, seja o ultimo,
Ou só seja

Ah, o amor
Roupa no chão,
Perda da noção, seja por uma única ultima noite,
Ou só seja

Obrigado, volte sempre

Acordar cedo,
Ouvir feedback
Engolir palavras a seco

Voltar lá
Plugar o desespero na tomada
A mesma história a ouvir e contar

Tudo isso
Sem couvert ou talher
Vem tudo na pele, maldito feitiço
- me faz a cada segunda ouvir esta mulher
Sem bônus, 13o, pra que isso?
Obrigado, agora já fui!
Obrigado, volte sempre,
Não me convide, senão me quiser!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Uma ode ao fracasso!

Quem busca o erro?
Começar algo almejando fracassar?
Que seria acertar sem o equívoco?
Uma frase fora de hora
Uma vírgula mal posta
Um chute pra fora
O espírito do erro não difere do espírito do acerto
Vou ousar, tropeçar e babar
Só assim o resto tem sentido em estar.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A luz desperta

Acendi a luz para dormir
Fui à luz do sol me refrescar
Te beijei pra te esquecer
- não é inteligente
te ver
é necessário por não ser
preciso

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Beijo rubio

Mordi seus lábios
sangue e prazer
em seus labios, agora ruivos
em teus olhos
orientalmente risonhos
há um chamado nebuloso
paradoxal - tristonho
começou como outro
dia, beijo, erro qualquer
terminou com gosto de vida
se terminou
em teus lábios
morda mais!
arranque pedaços
deixe marcas
ainda que de giz
tem o sabor adolescente
incandescente
indecente
marcante
rompido.... justo no momento
embrionava o sentido
agora é sonho
beijo rubio.... 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O tempo em seu tempo

Vem que tudo vai
o tempo
até o tempo que não passa
passa, mesmo sem vento
ou saudade
ou muita
sem nada vai
a roupa passa
e vai
a noite chega, sem eu
querer
a manhã já foi, sem você
ver
tudo passa
até o pai, a mãe
a lembrança do sofá
azul
passa, sem olhar pela janela
sasazaki esquadrinhada
o ipê foi-se
o tempo, foice
sem verde
sem azul de novo
sem nada
o vem nem vi,
e passa.

domingo, 3 de novembro de 2013

As vezes São Paulo

As vezes me sinto, em São Paulo 
As vezes me cinto em São Paulo
Paulos são muitos
Santos se são, não vejo mais
As vezes me lembro
De um Paulo, de um santo,
As vezes era Santos e Corinthians
Nem sei
As vezes não sinto em São Paulo
Os Paulos e santos
O normal
O normalmente anormal
As vezes posso ter saído daqui
Nem notado
As vezes, não.