O poeta via sozinho
Terror, terror!
Só ele e seu mundinho
Vai filho, vai poeta,
Em vez de palavras, traz de forma concreta
Suas marcas, resultado daquele outono
Sem nuvens, sem sono
Noite sem vento que agitava
O poeta vinha sozinho
Mas só já não caminhava
A frente seu mundinho virava plural
Em frente já seguia, o mundo sorria
Acompanhado em seu quintal
Ah, poeta, terror, terror!
Você não acordou
Sou o sonho findado.
Amargo, mas solidário com sua dor.
Pegue estas palavras que tanto te acalentam
As ponha no colo, são seu travesseiro,
Amável e espinhento como uma flor
Uma bromaria, rara rara, só tua.
De um beijo nela
Seu travesseiro, também um candelabro, também o que eu quiser
Sou o sonho findado
Vai sozinho poeta
sócio, terror terror!
Nenhum comentário:
Postar um comentário