quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pai, meu pai

Pai, vejo em teus olhos os dias em fogo, como os meus,
Algo, eu sei, tu já viste e não pode compartir, não agora...
Suas mãos, por muitos anos o sinal da força,
Agora só pede um toque, sem palavras sem aromas.

Busco em tua pele, que creía de pedra, a firmeza da certeza
Do nascer e da terra firme destas terras,
Por você italianamente eternizadas
Em valores de verdades celestes e sem trégua, sagradas.

Uma noite pavorosa ou um sol destemido não me assusta
Não mais, pai.
Não mais do que estes passos que teus passos te levaram,
Transformando, infelizmente, o nunca em sempre.

Sempre virá e enxergará por estes olhos meus,
Sempre será como uma ferida alegre de um amor profundo,
Sempre estará, com virtude, estrelando minha alma,
E sempre me guiará, és minha artéria!, ao coração soberano da vida.


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