A quem serve a dor, senão aos que desejam a verdade?
Quem quer a dor,
Sei!
os que cantam por liberdade!
– menina,
abre teus olhos pequenos e esticados,
pequenos e belos, fitando o infinito,
abre teus olhos e veja a sinceridade de minha ferida!
É razão, não é suave nem maravilha,
Emoção, em proporções de montanhas em vigília,
É o mar, equilibrado em seu canto
É tu, quando não me oferece seus encantos
Encantado estou, e sou mesmo entre desafios de mel
Perdi o chão, mas de brinde veio a lua e o céu,
Veio junto o amor, cravejado de espinhos
E tu o fazes sincero, claro e inebriante como vinho
Guarde seu charme, eu o vejo em seus olhos esticados,
Ofereça-me seu rancor - que dele faço
Uma espada divina, que corte as feridas,
E abra os beijos que me enlaçam ao seu braço
sou dor sou calor,
sei o que quero mesmo perdido,
teu furor é meu guia,
limpando as cinzas do dia,
do crepúsculo apagado que antes guiava meus passos,
caminhar por ti, sempre sem esses sapatos de receio
quero chegar ao cume, de homem estou vivo
vencer nossas e as feriadas amor, a sonata do lírio.
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