sexta-feira, 21 de março de 2014

Punta del diablo - dia alguno

Sim, estou nos bares de sempre. Sem disfarcar o orgulho de ser minha primeira vez. Neste bar. Daqui, vejo a lua, quase cheia, de orgulho. Sua ponta superior esquerda foi mordida, ja esta sumindo, Sim, eu sei. Circulos nao possuem ponta. Mas a Lua nao um circulo, eh outra coisa. E com ponta e lado. Inclusive, um tipo engracado canta em portugues, mas nao disfarca o sotaque uruguaio. Es el costumbre. 
Estou numa mesa de metal, sem toalha alguma, fria fria. Ela admira meu copo esquentar enquanto te escrevo. Sei la por que. Necessidade, isso nao eh. Acho que nao quero voltar pro hotel, tao cheio de pessoas. Tao cheias. Longe de mim, longe de mim. 
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Voce gostaria de ver como o tipo danca ao cantar, enquanto uma leve luz, bem sutil, uma leve luz azulada beija sua tez, um pouco escurecida. Talvez seja praia. Talvez ele nao esteja dancando. O ponto eh outro. A lua sobe tao devagar....
Me entregaram o menu, logo ao chegar. Fora cerveja, estou sem fome. Ha! Voce teria ciumes das quase morenas, quase vestidas, ao gosto do dia sendo noite. Desfilando. Dizem os espanhois, a lua eh feminina. Entao deve ser pra algum. ou alguma, tudo bem, os tempos sao outros.
Se ao menos eu soubesse escrever sem gaguejar estas palavras teriam gosto... seu ciume, identidade. Sinto um gosto falso de....

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